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terça-feira, dezembro 10, 2024

Prefeitura tenta justificar mortes de animais do CRAR mas é rebatida por ONGs de PG

Secretaria Municipal de Meio Ambiente afirma que cidade sofre surto de cinomose, mas ONGs dizem o contrário

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Com informações dePG Transparente

Diante da denúncia de que o Centro de Referência de Animais em Risco (CRAR) registrou mais de 60 mortes de animais, a Prefeitura de Ponta Grossa emitiu uma nota afirmando que a cidade sofre um surto de cinomose. Em contrapartida diversas ONGs de PG afirmam que não houve surto da doença nos últimos meses.

A equipe do JC esteve dentro do CRAR meses atrás | Imagem: Arquivo JC / Gabriel Ribeiro

As ONGs APA-PG, Canil Lar, Grupo Fauna e SOS Bichos afirmaram em nota, ao parceiro PG Transparente, que “nenhuma das ongs teve surto de cinomose no período”, sinalizando que a nota da Prefeitura de Ponta Grossa é mentirosa. Ainda segundo a nota de esclarecimento, o surto só é caracterizado quando existe o aumento de casos nos animais da região, o que não ocorreu dentro da ONGs, que atendem, entre outros, os animais de rua.

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A cinomose é uma doença que pode ser prevenida com a vacinação adequada dos animais. No entanto, quando um cão é infectado com o vírus, é fundamental que ele receba tratamento médico adequado para controlar os sintomas e evitar complicações. A falta de atendimento médico pode levar ao agravamento dos sintomas da cinomose, o que pode ser fatal para o animal.

Justificando mortes de animais

Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), a cidade de Ponta Grossa enfrenta “um surto que acabou acometendo os animais de rua, sejam os abrigados pelas ONGs, como também os pelo CRAR”. Dando a entender que as mortes registradas na unidade são devido ao surto da doença.

O CRAR é abrigo para diferentes animais, não apenas cachorros | Imagem: Arquivo JC / Gabriel Ribeiro

Segundo o documento obtido ainda no início do mês e utilizado na denúncia, além das 65 mortes de animais registradas no CRAR, funcionários também relatam falta de estrutura, superlotação, falta de remédios e ausência de vacinas para proteger os animais recolhidos. Conforme a PG Transparente, a solicitação para compra dos medicamentos foi feita ainda em novembro, mas até agora os insumos não chegaram ao CRAR.

O Pregão Eletrônico 006-2023 prevê a compra de até 470 doses da vac1na óctuplo, que entre outras coisas trata a cinomose, mas o pregão segue sem compras efetivas.

Sem risco para os humanos

Segundo especialistas consultados por nossa equipe, a cinomose é uma doença que afeta cães que não completaram o esquema vacinal e o reforço anual da vacina múltipla. É importante ressaltar que a doença não é zoonótica, não sendo transmissível para humanos.

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