A morte de uma capivara conhecida por frequentadores do Lago de Olarias, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, está sob investigação da Polícia Civil. O animal, considerado um dos símbolos do parque e muito querido pela comunidade local, foi encontrado morto e com sinais de mutilação no último domingo, 19 de outubro.
Consoante o delegado Fernando Henrique Ribeiro Vieira, equipes da Polícia Civil e da Polícia Científica estiveram no local para realizar os primeiros levantamentos e recolher o corpo do animal, que foi encaminhado a Curitiba para exames periciais. “Os laudos serão fundamentais para esclarecer se a morte ocorreu naturalmente ou se houve ação humana”, explicou o delegado.
Testemunhas relataram que a cena chocou quem passava pela região. Um morador que encontrou o corpo denunciou o caso nas redes sociais, afirmando que o animal havia sido mutilado. A postagem ganhou grande repercussão local e estadual. Nas redes, moradores expressaram indignação, classificando o episódio como um ato de crueldade.
Crueldade contra animais: capivara de Ponta Grossa
A vereadora Teka dos Animais (União Brasil), que apresentou requerimento na Câmara solicitando acesso a imagens de câmeras de segurança da região, acompanha o caso. Ela afirmou ser cedo para conclusões e aguarda a confirmação da perícia. “A vida animal precisa ser respeitada. É um caso que entristece e revolta”, declarou em nota.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Ponta Grossa informou que a morte de capivaras em áreas urbanas pode ter múltiplas causas, incluindo doenças como febre maculosa, leptospirose, ataques de cães ou causas naturais, como idade avançada. O órgão anunciou que vai elaborar um relatório técnico com base no laudo veterinário.
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O Lago de Olarias é um ponto turístico importante de Ponta Grossa, e a presença da capivara — que inclusive inspirou a criação de produtos artesanais e uma página nas redes sociais — simbolizava o equilíbrio ecológico e o convívio pacífico entre fauna e comunidade urbana. Enquanto aguardam o resultado dos laudos, moradores e entidades de proteção animal cobram justiça e reforçam o apelo pela preservação do espaço natural e respeito aos animais.