A delegada Ana Paula Carvalho, responsável pelo Núcleo de Investigação de Crimes Contra Crianças e Adolescentes (NUCRIA) de Ponta Grossa, concedeu uma entrevista ao podcast “A Caveira Sorriu” para falar sobre sua trajetória na Polícia Civil e os desafios enfrentados no combate à violência contra crianças e adolescentes.
A delegada, que tem 16 anos de experiência na Polícia Civil, iniciou sua carreira como advogada. No entanto, após se formar, decidiu prestar concurso para a Polícia Civil, motivada pelo desejo de ajudar as pessoas. “Eu sempre quis ajudar as pessoas, e a Polícia Civil é uma forma de fazer isso”, afirmou a delegada.
Desde que assumiu a direção do NUCRIA, a delegada tem se dedicado a combater a violência contra crianças e adolescentes. Ela afirma que o número de denúncias tem aumentado nos últimos anos, o que indica que as crianças e adolescentes estão cada vez mais conscientes de seus direitos.
A delegada também destacou a importância da parceria entre a Polícia Civil e a sociedade na prevenção e combate à violência contra crianças e adolescentes. “É fundamental que a sociedade esteja atenta aos sinais de que uma criança ou adolescente está sendo vítima de violência”, afirmou a delegada.
Caso mais impactante de sua carreira
A delegada Ana Paula Carvalho falou sobre vários casos impactantes em sua carreira, mas um dos que mais a marcou foi o caso de uma menina de 14 anos estuprada por um homem de moto. A menina não conhecia o homem e não sabia o que fazer. Ela conseguiu fugir e denunciou o crime à polícia. A delegada conseguiu prender o homem e ele foi condenado a 15 anos de prisão.
Este caso foi particularmente impactante para a delegada porque a menina era muito jovem e vulnerável. Ela também ficou impressionada com a coragem da menina em denunciar o crime, pois muitas vezes as vítimas de estupro têm medo de falar sobre o que aconteceu com elas.
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A delegada Ana Paula Carvalho acredita que é importante que as vítimas de estupro saibam que elas não estão sozinhas. Ela também acredita que é importante que a sociedade como um todo esteja mais consciente sobre a importância de prevenir e combater a violência sexual.