Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa realizaram na tarde de hoje (10) uma assembleia e decidiram de forma positiva a greve em resposta a defasagem salarial que acarreta a categoria, conforme aponta a Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg).
Segundo o sindicato, os profissionais não recebem aumento salarial desde 2016, o que indica uma defasagem salarial de 42%. A votação, que ocorreu essa tarde, mostrou que por unanimidade, os professores vão entrar em greve a partir dessa segunda-feira (15) para cobrar uma resposta do Governo Estadual.
“Em razão da insustentabilidade dessa situação os professores e professoras vão parar as atividades letivas, extensionistas, de pesquisa, de orientação acadêmica e administrativas”, informa o site do SINDUEPG. Ainda segundo a organização, a falta de reposição no valor dos salários é apenas um dos motivos que levam a essa paralização.
Segundo eles, a universidade não está com um quadro de funcionários suficientes para suprir a necessidade da instituição, estando “aquém do necessário.”
UEPG já havia se manifestado
A UEPG enviou, ainda em março, o pedido de criação de um ‘Grupo de Trabalho’ para discutir adequações nas carreiras do Magistério Público do Ensino Superior e Técnica Universitária das Instituições Estaduais de Ensino Superior.
O pedido foi encaminhado ao Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Nelson Bona, pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paranaenses (Cruep), o qual é presidido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Segundo o documento, “o piso salarial dos docentes das IEES se encontra abaixo do piso dos professores da rede estadual, conforme valores que passaram a ser praticados em 2022 – destacando-se que a remuneração dos professores da rede estadual precisaria crescer ainda mais.”
O documento também cita o Grupo de Trabalho criado ainda no primeiro semestre de 2022 com o objetivo de discutir acerca das universidades do estado não serem contempladas em relação ao auxílio-alimentação aprovado para outras carreiras do Estado. Na época, a medida se mostrou bastante positiva; o que revela a motivação do Cruep na criação de um Grupo de Trabalho para discutir a carreira da categoria.