O estudante de 17 anos que deu esponja de aço para professora negra, em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), negou que tenha agido sob conotação racista, afirmando que era uma “brincadeira” do Dia Internacional da Mulher.Porém, ele admitiu que a atitude teve cunho “machista”. O aluno do ensino médio também deu uma esponja de aço para sua namorada. Ele diz ter se arrependido da “brincadeira”, e que foi ofensiva. “O presente foi no sentido de dizer que lugar de mulher é na cozinha”.
As informações foram divulgadas pelo responsável do inquérito, Flávio Messina, delegado-chefe adjunto da Delegacia da Criança e do Adolescente II, em Taguatinga (DF), que completa.“Ele não negou que entregou o produto. Afirmou que não teve contexto racial e que a ideia era, segundo ele, fazer uma brincadeira alusiva ao dia das mulheres tentando ‘sacanear’ a namorada e a professora. Ele admite que houve uma referência machista e hoje reconhece que estava sendo ofensivo, mas nega o racismo”, afirma o advogado
O caso segue em investigação, o adolescente mudou de escola, e o colega responsável pela gravação do vídeo e a namorada dele aguardam para prestar depoimento. O delegado quer entender, ainda, a procedência do vídeo, o aluno diz que não foi premeditado, mas o colega começou a gravação no momento em que a violência é cometida. O esperado é que o inquérito seja finalizado dentro de 45 dias.