O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se diz vítima de perseguição política e admitiu ter conversado com as Forças Armadas sobre “voltar a discutir o processo eleitoral” após as eleições de 2022. Indiciado pela Polícia Federal por suspeita de participar de um esquema que planejava um golpe de Estado, Bolsonaro afirma que “corre risco, sem dever nada” e não descarta buscar refúgio em uma embaixada caso seja considerado culpado.
Segundo o ex-presidente, ele já teve três operações de busca e apreensão “absurdas” realizadas pela Polícia Federal. Bolsonaro também negou ter conhecimento sobre um suposto plano de prender ou matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o então vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, mencionado em relatório da PF sobre o golpe.
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Conforme o documento da Polícia Federal, existem “provas inequívocas” de que Bolsonaro “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava concretizar o golpe de Estado e a abolição do Estado democrático de direito”. Se condenado, os crimes atribuídos ao ex-presidente podem chegar a 28 anos de prisão como pena máxima.