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domingo, novembro 24, 2024
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Secretário de Educação admite envio de vídeo contra greve no PR

Secretário admite uso de recursos públicos em campanha anti-greve e descontos a professores

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Com informações deBrasil de Fato

O secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, confirmou o envio de um vídeo contra a greve de educadores para mais de 2 milhões de pessoas, ao custo de R$ 190 mil aos cofres públicos. O secretário justificou a ação afirmando que “temos que falar a verdade para os pais” e que o objetivo era informar sobre o paradeiro dos alunos durante a greve.

Miranda também confirmou o desconto salarial de 27 mil professores que participaram das mobilizações contra a privatização da educação no estado. A informação sobre os descontos havia sido antecipada pelo jornal Revérbero na semana anterior.

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O envio do vídeo já havia sido denunciado por deputados da oposição durante o processo de privatização da educação, sob a alegação de que a ação feria a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). O vídeo em questão utiliza táticas associadas à extrema-direita para atacar o movimento grevista.

A APP-Sindicato, que representa os professores, criticou duramente a postura do governo, classificando o vídeo como “fake news” e acusando o governo de usar de “táticas extremistas para criminalizar a greve”. O sindicato também questionou a legalidade dos descontos salariais e afirmou que irá tomar as medidas cabíveis para defendê-los.

Pedido de afastamento

A deputada estadual Ana Júlia (PT) pediu o afastamento na última semana do secretário de Educação do Paraná, Roni Miranda, por improbidade administrativa após ele admitir ter produzido um vídeo contra a greve dos professores.

A deputada argumenta que o secretário usou a máquina pública para fins políticos e criminosos, e que o conteúdo do vídeo configura crime de difamação e contra a liberdade de associação.

Leia também: Professores enfrentam precarização e adoecimento na saúde

A Secretaria de Educação nega as acusações e afirma que o pedido não tem amparo nos fatos.

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