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quinta-feira, outubro 30, 2025

Ratinho Jr. se reúne com governadores no Rio após megaoperação

Governador do Paraná integra comitiva de apoio ao Rio de Janeiro em encontro marcado pela segurança pública

O governador do Paraná, Ratinho Jr., participa nesta quinta-feira (30) de uma reunião no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, ao lado de outros governadores aliados. O encontro ocorre após a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e teve como alvo o Comando Vermelho. A ação desencadeou uma onda de apoio político e a articulação de estratégias conjuntas para o combate ao crime organizado.

A reunião foi articulada após uma videoconferência entre governadores na quarta-feira (29), quando foi definida a visita ao Rio de Janeiro. Participam do encontro, além de Ratinho Jr., os governadores Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC), Ronaldo Caiado (GO), Eduardo Riedel (MS), Tarcísio de Freitas (SP, virtualmente), e Celina Leão, vice-governadora do Distrito Federal. O governador catarinense Jorginho Mello foi o responsável pela articulação da visita, considerando as agendas dos demais mandatários estaduais.

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Megaoperação no Rio de Janeiro

Cláudio Castro, governador do Rio de Janeiro, destacou a importância do apoio dos demais estados, afirmando que a resolução dos problemas de segurança pública no país passa pelo Rio, considerado o epicentro do crime organizado. “Estados e cidades que não sofrem, hoje, com problemas na segurança pública, irão sofrer em breve. Aquele que não entender que esse é o maior problema do Brasil terá que pedir perdão à sociedade”, afirmou Castro.

Luís Inácio Lula da Silva

Presidente do Brasil (PT)

Não podemos aceitar que o crime organizado continue destruindo famílias, oprimindo moradores e espalhando drogas e violência pelas cidades. Precisamos de um trabalho coordenado que atinja a espinha dorsal do tráfico sem colocar policiais, crianças e famílias inocentes em risco.

Durante o encontro, foi anunciada a criação do “consórcio da paz”, um projeto para integrar esforços de segurança pública entre os 27 estados brasileiros. O objetivo é compartilhar experiências, soluções e recursos para combater a violência coletivamente. “A tese do consórcio é exatamente fazer com que todas as nossas forças integradas com base na inteligência e a parte operacional, possam ser utilizadas para poder atender qualquer um dos governadores num momento emergencial, sem ter que perguntar”, explicou Ronaldo Caiado.

A Defensoria Pública da União (DPU) pediu nesta quinta-feira (30) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para acompanhar a perícia dos corpos dos mortos na Operação Contenção, realizada pelas polícias do Rio de Janeiro | Reprodução / Agência Brasil

Jorginho Mello reforçou que o grupo vai pressionar o Congresso Nacional pela aprovação do projeto de lei 2.428/2025, que busca equiparar ao terrorismo condutas de facções e milícias, como a dominação territorial e ataques a serviços essenciais. Além disso, não descarta o envio de tropas policiais, caso o Rio de Janeiro solicite reforço no combate ao crime organizado.

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A megaoperação também motivou a criação do Escritório Emergencial de Combate ao Crime Organizado, coordenado pelo secretário de segurança do Rio, Victor Santos, com apoio do Governo Federal. Entre as medidas anunciadas estão o envio de 50 agentes da Polícia Rodoviária Federal e reforço na área de inteligência, além da disponibilização de vagas em presídios federais e peritos para auxiliar nas investigações.

A nova legislação sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva endurece o combate ao crime organizado, criando dois novos tipos penais: obstrução de ações contra o crime organizado e conspiração para obstrução. A lei também prevê reforço na segurança pessoal de juízes, membros do Ministério Público, policiais e militares — inclusive aposentados — e seus familiares, quando estiverem sob risco em razão do exercício de suas funções.

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