A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou nesta terça-feira (12), em primeira votação, a autorização para o governo do estado privatizar a Celepar (Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná). O projeto foi apresentado em regime de urgência e a base de apoio ao governador Ratinho Júnior (PSD) na Alep agiu para impedir debates nas comissões e no plenário, em uma manobra conhecida como “tratoraço”.
Apesar de protestos da oposição, que argumenta que a privatização é inconstitucional, o projeto foi aprovado por 36 votos a 8. A venda da Celepar, empresa estatal responsável por serviços de tecnologia e segurança, agora segue para segunda votação e deve ser concluída nesta quarta-feira (13).
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O governo de Ratinho Júnior já privatizou outras estatais, como a Copel Telecom e a Compagas, gerando questionamentos sobre a qualidade dos serviços e a perda de empregos públicos. Especialistas alertam que a privatização da Celepar, responsável por dados sensíveis de empresas, saúde e segurança, pode representar riscos à proteção dessas informações.
O texto do projeto aprovado nesta terça-feira ainda não está disponível publicamente. No entanto, a oposição argumenta que a venda fere a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que proíbe que informações referentes à segurança pública sejam administradas por empresas privadas.