Roberto Requião, ex-governador do Paraná, causou surpresa ao anunciar sua saída do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta semana. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, Requião expressou seu descontentamento com a atual liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, referindo-se à situação como uma “frente da desesperança”.
Requião, que havia apoiado Lula nas eleições de 2022, afirmou que a frente ampla, que inicialmente trazia esperança de transformação, acabou se tornando um sentimento de desesperança. Sua decisão de deixar o PT veio após dois anos de filiação ao partido, período em que ele havia se candidatado ao cargo de governador do Paraná.
O descontentamento de Requião com o PT se intensificou durante as negociações para a disputa da Prefeitura de Curitiba deste ano. Enquanto o partido indicou apoio à pré-candidatura do deputado federal Luciano Ducci (PSB), Requião e outras lideranças petistas do Paraná defendiam o lançamento de um candidato do PT. A divergência acabou levando Requião a tomar a decisão de se desfiliar do partido.
Em suas críticas ao PT e ao governo de Lula, Requião destacou a venda de empresas estatais, como a Copel e a Sanepar, e a deterioração do Porto de Paranaguá. Ele também mencionou o apoio do governo ao pedágio no estado. Apesar de sua saída do partido, Requião afirmou que continua apoiando o governo de Lula, mas defende mudanças na direção política e uma atuação mais voltada para o bem-estar da população.