O promotor César Suárez, que estava encarregado das investigações sobre a invasão a um canal de TV no Equador, foi assassinado a tiros em um atentado ocorrido em plena luz do dia, na cidade de Guayaquil.
Segundo informações da polícia, o veículo em que Suárez estava foi alvejado por pelo menos 12 tiros. O promotor dirigia um SUV quando foi interceptado por pistoleiros. Os disparos atingiram a janela e a porta do motorista, entre o abdômen e a cabeça.
O crime aconteceu por volta das 13h30, horário local, em uma avenida importante de Guayaquil. O local foi isolado para a realização de perícia e o veículo foi removido.
César Suárez era considerado um promotor de confiança e estava investigando não apenas o caso da invasão à TC Televisión, mas também suspeitas de desvios em institutos de previdência do país. Sua morte representa um duro golpe para a promotoria e para as instituições equatorianas.
Crise no país
O Equador está enfrentando uma séria crise de segurança desde o início do ano, e a invasão ao canal de TV se tornou um símbolo da ousadia dos traficantes.
O governo de Daniel Noboa tem buscado demonstrar controle da situação, divulgando estatísticas de prisões efetuadas e mobilizando as Forças Armadas para reforçar a segurança nas ruas. No entanto, o assassinato do promotor coloca em dúvida os esforços do governo em lidar com o crime organizado.
Leia também: Candidato a presidente do Equador é morto a tiros
A Promotoria do Equador atribuiu o crime a quadrilhas de narcotraficantes. Em um vídeo publicado nas redes sociais, a promotora-geral Diana Salazar Méndez reafirmou o compromisso em combater o crime organizado e classificou o assassinato de César Suárez como um ataque às instituições.