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sábado, novembro 23, 2024
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“Inevitavelmente, o Operário vai virar uma SAF”, diz diretor-geral do clube

Declaração foi dada em palestra que discutia o cenário do futebol brasileiro em 2030

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EXCLUSIVO JC – O Diretor-Geral do Operário Ferroviário, Rodrigo Sautchuk declarou, em uma palestra, nesta quarta-feira (27), que há o interesse da atual diretoria do clube em transformá-lo em Sociedade Anônima no Futebol (SAF) no futuro. A declaração aconteceu no evento InbiXperience, evento de empreendedorismo e inovação que acontece em Ponta Grossa nesta semana.

Uma das palestras do evento era sobre o futuro do futebol brasileiro em 2030, sendo o diretor do Fantasma um dos presentes. Durante a palestra, Rodrigo disse que há a intenção de transformar o clube em SAF gradualmente. “Inevitavelmente, o Operário vai virar uma SAF, mas o processo será feito com muita responsabilidade”, disse.

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O diretor-geral também explicou que, para isto acontecer, serão definidas várias questões ao longo dos próximos anos, como o modelo ideal de negócio, além de questões como o alinhamento do pensamento da diretoria. “Estamos debatendo qual o modelo ideal, um modelo que mantenha as raízes do Operário, que pense como a atual gestão. Que inove, mas respeite a história do clube”, disse Sautchuk. Atualmente, sob a gestão do presidente Álvaro Góes, a folha salarial do clube é de 14 milhões de reais, segundo o diretor.

Quem também estava presente na palestra era Thairo Arruda, CEO do Botafogo, clube que também é adepto do modelo SAF. Thairo, que é formado em engenharia de software na UEPG, parabenizou o Fantasma pela estrutura e destacou que há potencial para atrair investidores. “Estive aqui no Operário antes da palestra e, conversando com a diretoria, percebi que há um potencial do clube para atrair investimentos do clube”.

O que é SAF?

A Sociedade Anônima no Futebol (SAF) é uma estrutura organizacional que alguns clubes de futebol adotam para gerir suas atividades. Permitida desde 2019, a criação de uma Sociedade Anônima de Futebol no Brasil envolve a transformação do clube de futebol em uma entidade legal separada, semelhante a uma empresa de capital aberto.

A principal motivação por trás da criação de uma SAF é a busca por maior profissionalização na gestão do clube e captação de recursos financeiros. Com essa estrutura, o clube pode vender ações a investidores, levantar capital, e utilizar os recursos para melhorar sua infraestrutura, contratar jogadores, e investir em projetos de desenvolvimento.

Este investimento, em grande parte, vem de um investidor de fora do clube, que passa a controlar o time parcial ou totalmente, transformando-se em “dono”. Porém, a própria gestão pode-se tornar SAF, assumindo a gerência do clube de fato e o transformando em uma empresa.

No entanto, a adoção de uma SAF também pode levar a uma maior pressão por resultados e lucro, o que pode afetar a identidade e as tradições do clube. Além disso, a conversão de um clube tradicional em uma SAF geralmente requer mudanças estatutárias e aprovação dos sócios.

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Diversos times brasileiros já adotaram o modelo como Botafogo (John Textor), Vasco (777 Gruop), Cruzeiro (Ronaldo Fenômeno), Bragantino (Red Bull) Cuiabá (Família Dresch), Bahia (Grupo City), Atlético-MG (Galo Holding) e, mais recentemente, Coritiba (Treecorp) e América-MG.

Metas para 2030

O diretor-geral do Operário também falou de metas ambiciosas para o Fantasma no futuro. O clube, que atualmente disputa a Série C do Brasileirão, tem como meta a ascensão a Série A do campeonato. “O Operário tem uma meta: se tornar o maior clube do interior do Brasil”, declara.

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