17.3 C
Ponta Grossa
domingo, novembro 24, 2024

Estudantes de PG fazem manifestação contra o novo ensino médio

"Educação não é mercadoria", gritavam os manifestantes

Ponta Grossa
nuvens dispersas
19.4 ° C
19.4 °
19.4 °
60 %
3.6kmh
37 %
dom
26 °
seg
27 °
ter
30 °
qua
32 °
qui
28 °

Colunas

Escrito por

Diversos estudantes e entidades de Ponta Grossa e toda a região se reunirão na tarde de hoje (13) no Ponto Azul, região central da cidade, para cobrar a revogação do novo ensino médio em todo o país. No ato, que contou com a participação de entidade como União Paranaense dos Estudantes (UPE) APP-Sindicato e SINDUEPG, foram apresentados cartazes e falas de ordem, cobrando ações por parte dos governantes.

Cartazes com a sigla “NEM” (Novo Ensino Médio) foram pintados | Imagem: Heryvelton Martins

A presidente da União Paranaense dos Estudantes, Larissa Souza, foi uma das figuras que marcou presença na manifestação e usou o microfone para defender a revogação da medida. “Que as pautas da educação sejam centrais. Estão tentando podar o senso crítico dos alunos”, afirmou a presidente ao criticar a política do governo do estado, que segundo ela, considera a educação uma mercadoria.

Continue lendo depois da publicidade:

O presidente do núcleo sindical da APP-Sindicato de Ponta Grossa, Tércio Alves do Nascimento, também manifestou que o sindicato não concorda as medidas impostas pelo governo federal. “Eles querem ensinar o pobre a economizar quando não tem nem dinheiro para comprar comida”, afirmou Tércio, que ainda defendeu que aulas como filosofia, artes e sociologia devem ser obrigatórias na carga horária dos alunos.

Microfone ficou aberto para quem quisesse falar sobre o novo ensino médio | Imagem: Heryvelton Martins

A proposta vem sendo criticada por entidades que representam os estudantes, já que não houve uma discussão real sobre os impactos da implantação de um “novo ensino médio”. Aprovado em 2017 e implantado apenas em 2022, o Projeto de Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, fazendo com os estudantes fiquem 200 horas a mais dentro das escolas.

Para a psicóloga Andressa Oliveira, a nova carga horária do ensino médio é um problema sério pois tem um erro de entendimento, ela explica que estar mais tempo na escola não significa aprender mais. “O aluno pode ter uma perda de energia muito rápido que em determinado tempo não vai funcionar mais”, detalhou a psicóloga que afirmou que a ansiedade pode ser um dos graves problemas gerados.

Grupos políticos como UJS, UJC e PT Juventude também estiveram na manifestação | Imagem: Heryvelton Martins

Já para a pedagoga Elaine Gardinal Denck, a reforma do novo ensino médio é interessante, mas ainda existem mais dúvidas que soluções. “Nós ficamos sabendo de alguma coisa, sobre uma primeira proposta, mas ainda não temos informações se isso vai se efetivar”, contou ela ao explicar que a própria escola ainda tem dúvidas sobre a mudança.

Professores da UPEG se uniram a manifestação

SINDUEPG Andes estava em peso na manifestação | Imagem: Heryvelton Martins

Ainda hoje (15) os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa realizaram uma paralisação cobrando a reposição inflacionária de 42% nos salários, que estão devassados segundo o SINDUEPG. Diante da paralisação, o sindicato agendou e realizou diversos eventos dentro da universidade; painéis, apresentação de filme e participação na manifestação contra o novo ensino médio.

O novo ensino médio

(IMAGEM EDITADA) Alunos usaram a janela para mostrar apoio ao ato | Imagem: Heryvelton Martins | Edição lterada para facilitar a visualização e não alterou o contexto da foto

Aprovado em 2017 e implantado apenas em 2022, o Projeto de Lei nº 13.415/2017 alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio. Entre as principais mudança está a carga horária dos estudantes, que passou de um tempo mínimo de 800 horas para 1.000 horas dentro da escola.

Segundo o governo federal, a mudança veio para aproximar o estudante do mercado de trabalho. Para fazer essa aproximação, os estudantes perderam acesso a matéria como filosofia, artes e sociologia para que fossem incluídos alguns itinerários formativos—com matéria como educação financeira e projeto de vida.

- Anúncio -

MAIS LIDAS NO JC

Pode chamar sua atenção! leia:

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

Direitos Autorais

.