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sábado, julho 27, 2024

UEPG decide pela expulsão de alunos envolvidos em caso de racismo

O Jornal Colabore acompanhou de perto todo o caso

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A Universidade Estadual de Ponta Grossa decidiu pela exclusão do quadro da instituição os sete acadêmicos do curso de Agronomia denunciados pela prática de racismo em grupos de mensagens. O inquérito disciplinar, instaurado em setembro e concluído na data de hoje (22), garantiu aos denunciados o princípio do contraditório e da ampla defesa.

A conclusão da comissão julgadora será encaminhada ao Ministério Público do Paraná, que investiga o caso desde que foi acionado pela instituição, logo após o recebimento da denúncia, em 22 de agosto de 2022.

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A UEPG ressalta que atua para evitar que casos como este se repitam. Desde 2019, a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) mantém ativa a campanha “UEPG está de olho”, iniciativa que atua contra todas as formas de assédio e discriminação na instituição.
A Prae recebe denúncias pelo (42) 3220 3237 (whatsapp) e praeescuta@uepg.br.

Relembre o caso

Ainda em setembro, alguns acadêmicos do curso de agronomia criaram um grupo no WhatsApp, que tinha o objetivo de recepcionar os calouros que haviam acabado de ser aprovados nos processos seletivos da instituição. Durante um momento “descontraído” entre os veteranos, começou a ser compartilhado diversas mensagens de cunho racismo, homofônico e nazista.

Denúncia foi enviada por um dos acadêmicos(as) da instituição | Imagem: Reprodução / BnT Online

Com a situação, alguns acadêmicos ficaram revoltados e resolveram protocolar uma denúncia, no dia 22 de agosto, junto a Pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG. Já no dia seguinte a Prae abriu um processo na Ouvidoria da Instituição, que posteriormente foi encaminhado ao Ministério Público do Estado.

Casos de preconceito

A Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), órgão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), afirma que desde 2019, quando começou suas atividades, foram registrados sete casos de preconceito na instituição: três de racismo, três envolvendo pessoas com deficiência e autismo e um de homofobia.

Contudo, as informações, obtidas pela reportagem via Lei de Acesso à Informação (LAI), podem não representar a realidade da universidade, uma vez que não há registros anteriores a 2019 e a maioria das ocorrências não são denunciadas.

A professora Paula Melani Rocha, integrante da comissão de cotas da UEPG e pesquisadora dos Direitos Humanos, afirma que essas denúncias podem não levar em consideração os casos de racismo estrutural, por exemplo.

Ela também destaca que algumas pessoas não conseguem identificar quando estão sendo vítimas de preconceito e, por isso, não denunciam. “O próprio sistema de cotas revela que existem diversos problemas, isso porque vários departamentos sequer acreditam na necessidade de cotas raciais”, explica Melani.

A pesquisadora ressalta que quando há uma preocupação com a presença de negros, pobres e membros da comunidade LGBTQIA+, com esse diagnóstico, os departamentos podem empregar ações de combate ao preconceito. Porém, esse panorama não é realidade em todos os cursos da universidade.

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