De acordo com o Relatório de Receitas e Despesas do segundo bimestre, a inflação que, na previsão anterior, encerraria o ano em 6,5%, agora deve chegar a 7,9%, mais que o dobro do centro da meta de inflação anunciada para este ano, que seria de 3,5%. Já a previsão da taxa Selic subiu de 11,6% ao ano para 12,2%.
O governo federal também prevê ampliar a despesa além do teto de gastos. No fim do primeiro bimestre, a expectativa era gastar R$ 1,7 bilhão a mais que o permitido pela lei. Agora, esse valor subiu para quase R$ 10 bilhões. O gasto discricionário, aquele que não é obrigatório, passou de R$ 131 bilhões no balanço anterior para R$ 155 bilhões na previsão de agora.
O Ministério da Economia anunciou o bloqueio de mais R$ 8,2 bilhões no Orçamento. Com isso, o valor do contingenciamento este ano sobe para R$ 9,9 bilhões, para compensar as despesas fora do teto de gastos.
O levantamento da equipe econômica também indica que o resultado primário, que é a diferença entre a arrecadação e as dívidas do governo, ficou estável em relação ao Produto Interno Bruto. A previsão atual é que o déficit seja de R$ 65,5 bilhões. Antes, esse valor estava em R$ 66,9 bilhões.