A medida é da Secretária Estadual de Educação, que estabeleceu novos critérios de distanciamento nas salas de aula
Em Ponta Grossa, a medida, que era de 1,5 m, começou a valer na segunda-feira (23) nas escolas municipais, que tiveram a organização das mesas alteradas e já informaram a Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (SESA) sobre a ampliação do número de alunos em sala.
A decisão tomada pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior, no dia 10 de agosto, também é aplicada para o ensino particular e superior de todo o estado.
Amanda Fernanda Monteiro Noffke conta que leva sua irmã para a escola municipal, mas não sente segurança, uma vez que não sabe se as escolas seguem os protocolos. “Em casa nós orientamos ela, mas na escola não sei se funciona corretamente”, disse Amanda.
Aplicação do Processo Seletivo Seriado da Universidade Estadual de Ponta Grossa – Imagem: Reprodução – UEPG
O presidente do núcleo Sindical da APP Sindicato de Ponta Grossa, Tércio Alves do Nascimento, que representa a categoria, disse que a decisão é uma forma de obrigar os pais a levarem seus filhos à escola. “Esse governo não tem diálogo! Eles tomam as decisões para atender a rede privada de ensino” afirmou o presidente.
Atualmente Ponta Grossa tem 19 mil alunos no ensino presencial, cerca de 63% do total de alunos. E que no decorrer, com a nova medida, aprovada pela SEED, devem aumentar. A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa esclareceu que todas as medidas de biossegurança ainda são válidas e devem ser observadas pelos profissionais da educação.
O que a nova medida diz
A resolução 735/2021 regulamentada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) foi publicada no dia 10 de agosto e diz respeito às mudanças nas medidas de prevenção nas escolas e universidades de todos o estado.
Evento que divulgou a resolução – Imagem: José Fernando Ogura/AEN
A resolução definiu a diminuição do distanciamento social de 1,5 metros para apenas 1 metro, e ainda deixou aperto para que os pais escolham a melhor opção (entre aulas presenciais ou online).
Também ficou estabelecido que cada instituição deve analisar e decidir a melhor opção para que haja bem estar geral. Ficando a critério dela, estabelecer se haverá ou não revezamento entre os estudantes.