As gerações da década de 1990 para frente cresceram com um tipo de imposição cultural por parte de nossos pais e avós, de que Pelé e Maradona eram intocáveis, assumindo um posto de entidades do mundo do futebol e do esporte. Até hoje isso acontece, mas talvez em menos proporções.
Isso porque nos anos 2000 surgiram dois jovens jogadores extraordinários, que mesmo com pouca idade, já protagonizavam em meio às estrelas do futebol inglês e do futebol espanhol. Eles viriam dominar as premiações de Melhor Jogador do Mundo por 10 anos e fazer jus a cada sorriso estampado, cada aplauso e cada grito de gol. Estamos falando de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo.
Desde o Pelé, é (bem) possível que os dois sejam os maiores jogadores que a humanidade já viu. Em grandeza, é dificílimo alguém superar Pelé, com mais de 1200 gols e três Copas do Mundo, mas os dois gênios atuais conseguem se equiparar, devido aos inúmeros títulos, recordes, gols, assistências, representação para seus clubes e seleções, jogadas inimagináveis, além da longevidade absurda.
Em junho, vimos Cristiano fazer 5 gols e 1 assistência em 3 jogos de Eurocopa, em um grupo com Hungria, Alemanha e França. Ao mesmo tempo, na Copa América, o Messi marcava 4 gols e 5 assistências, liderando a Argentina na quebra de jejum de 28 anos sem títulos. Um tem 36 anos e o outro 34.
Existiram vários jogadores extraordinários pós-Pelé: Cruyff, Maradona, Ronaldo, Zidane, Ronaldinho, Figo, Romário, Iniesta, Beckenbauer, Roberto Carlos, Bergkamp e etc. Mas mesmo não tendo Copa do Mundo (mas com títulos internacionais), Cristiano e Messi conseguem ter destaque gigantesco pela disputa feroz que os dois protagonizaram ano após ano, em níveis intergaláticos.
A glorificação representa a inclusão de alguém entre os deuses por conta de suas qualidades. Em uma singela, porém sincera opinião, Messi e Cristiano dividem junto de Pelé e Maradona o seleto posto de entidades na vasta e rica história do futebol. Os 4 maiores de todos os tempos.
Por Vinicius Sampaio (Repórter verificado) e revisado por Heryvelton Martins
Excelente reportagem, parabéns Vinicius