O vereador Celso Cieslak (PRTB), que estava afastado do cargo desde junho de 2023, teve seu afastamento revogado pelo juiz da 3ª Vara Criminal de Ponta Grossa. A decisão também concedeu acesso aos autos do processo aos vereadores da Casa, indicando que a decisão sobre o afastamento deve ser votada e decidida pelo Poder Legislativo do município.
Vale ressaltar que a revogação do afastamento não significa que Cieslak está livre das acusações. O juiz acatou a denúncia feita pelo Ministério Público, tornando o vereador réu pelas acusações de corrupção ativa, corrupção passiva e integração em organização criminosa.
No entanto, um possível problema que os vereadores podem enfrentar ao tentar afastar Celso Cieslak do cargo está relacionado à abertura de uma nova Comissão Parlamentar Processante (CPP). A primeira CPP, criada em agosto de 2023, concluiu pela improcedência da acusação, alegando falta de acesso às provas.
A defesa do parlamentar, representada pelo advogado Alexandre Postiglione Buhrer, afirmou que a revogação do afastamento não foi surpreendente. “O vereador Celso reassumirá o cargo público pelo qual foi legitimamente eleito pela vontade da população de Ponta Grossa, conforme as regras fixadas por um país democrático de direito”, afirmou ele.
O presidente da Câmara de Vereadores, Filipe Chociai (PV), afirmou que aguardará o recebimento do ofício e aceitará a decisão do Judiciário. No entanto, ainda não há um prazo definido e ele não se manifestará oficialmente antes disso.
Enquanto isso, o vereador Geraldo Stocco (PV), responsável pela denúncia feita ao Ministério Público, considerou a decisão absurda. Ele afirmou que este é um dos casos de corrupção mais graves já denunciados na política de Ponta Grossa e questionou a devolução do mandato pelo Judiciário.
Leia também: CPP discute cassação do Vereador Cieslak na Câmara de PG
O Ministério Público informou que irá apresentar o recurso necessário no prazo estabelecido para os processos relacionados à Operação Pactum.