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terça-feira, outubro 15, 2024

UEPG volta a ser palco de racismo e nazismo em grupo de calouros

"Não falo macaco" afirmava uma das figurinhas enviadas no grupo

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Alguns calouros de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) compartilharam mensagens de cunho racista e nazista em um grupo do Whatsapp, segundo prints coletados pela equipe do Jornal Colabore e notas publicadas nas redes sociais. Diversas organizações da instituição repudiaram a ação e afirmaram que todas as medidas serão tomadas.

Na imagens é possível ver um dos calouros enviar uma mensagem de cunho racista, visto que na figurinha estava escrito “não falo macaco”. Logo na sequência outro estudante envia a figurinha de Adolf Hitler, responsável pelo Nazismo, no mesmo grupo—na sequência ele é criticado por uma colega e logo apaga a mensagem.

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As mensagem foram publicadas no grupo dos caloutos, onde todos tem acesso | Imagem: Re

Além de compartilhar as figurinhas, eles ainda zombaram das mulheres que estavam de vermelho (Frente Nacional de Luta) no evento organizado pelo Elos na manhã de ontem—eles afirmaram que as mulheres, que vieram palestrar sobre a luta feminista, “pareciam frentistas de posto de combustível”.

Os calouros envolvidos entraram ainda no inicio desse ano e fazem o primeiro ano do curso de jornalismo. Ainda segundo os acadêmicos, a denuncia já foi protocolada junto aos órgãos responsáveis da instituição.

Notas de repúdio

Entramos em contato com a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis da UEPG (PRAE) para saber o posicionamento da instituição. Em nota “a Universidade Estadual de Ponta Grossa informa que ao tomar conhecimento, via redes sociais, de um possível caso de racismo num grupo de mensagens de alunos do curso de jornalismo, encaminhou a denúncia à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis e à Ouvidoria. A instituição reforça que tem atuado ativamente contra o racismo, no atendimento e processamento de denúncias, além do desenvolvimento de campanhas contínuas sobre o tema.”

A Associação Atlética de Jornalismo (AAJ) afirmou “se solidarizaR com aqueles que foram constrangidos e ofendidos com tais atos feitos por esses alunos” em nota publicada nas redes socais.

O Centro Acadêmico João do Rio (CAJOR) também afirmou repudiar as práticas nazistas e ofensivas contra organizações sociais. “O CAJOR representante dos alunos de Jornalismo pede desculpas a todos que se sentiram ofendidos”, informou a nota.

Em nota, o Departamento de Jornalismo da instituição repudiou a ação, confira:

“O curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa vem a público manifestar repúdio a toda e qualquer expressão de racismo, fascismo e/ou discriminação praticada dentro ou fora da universidade.

O Colegiado do Curso informa que a troca de mensagens entre estudantes do primeiro ano de Jornalismo, divulgada na manhã de 24/03/2023, já foi encaminhada aos órgãos competentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que estão investigando a denúncia.

O caso já está sob monitoramento da coordenação do Curso e também da chefia do Departamento de Jornalismo, que irão acompanhar os trâmites institucionais. O Curso de Jornalismo sempre combateu práticas racistas e preconceitos de classe, gênero, sexualidade, entre outros, e continuará realizando atividades pedagógicas de caráter educativo para os estudantes e a comunidade universitária.”

Outro caso ocorreu em setembro

Alguns acadêmicos do curso de agronomia criaram um grupo no WhatsApp, que tinha o objetivo de recepcionar os calouros que haviam acabado de ser aprovados nos processos seletivos da instituição. Durante um momento “descontraído” entre os veteranos, começou a ser compartilhado diversas mensagens de cunho racismo, homofônico e nazista.

Com a situação, alguns acadêmicos ficaram revoltados e resolveram protocolar uma denúncia, no dia 22 de agosto, junto a Pró-reitora de Assuntos Estudantis da UEPG. Já no dia seguinte a Prae abriu um processo na Ouvidoria da Instituição, que posteriormente foi encaminhado ao Ministério Público do Estado e resultou na expulsão dos envolvidos

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